13 fevereiro 2011

O evangelho segundo os violeiros

Iniciando o proseio:

     Sou violeiro nas horas vagas. De quando em vez, principalmente naqueles momentos em que os demônios da cidade-grande me assaltam, deixo sair das cordas da viola um cenário bucólico, quase extinto, mas santificado pelos cantadores. O ar puro das invernadas com cabras pastando solenemente, os carros de boi gemendo no estradão, o fogão de lenha onde o café é adoçado com garapa. Com alguns ponteados a mais, começam também a sair do pinho cenas de manhãs solfejadas por pássaros, cafezais em flor se vestindo como noivas, currais com afrodisíacos cheiros de bosta de vaca e rios com molecada nadando do jeito que veio ao nosso-mundo-sem-porteira.

     Confesso que, com minhas toadas inspiradas nestes motes, consigo despertar coisas belas e adormecidas neste corpo oprimido. Consigo também exorcizar, temporariamente, o Cão em suas multiformes aparições. Consigo, ainda, sorrir com esperança, cantarolando um salmo em som de cateretê que aprendi do Rolando Boldrin: “Eu vim me embora e na hora cantou um passarinho, porque eu vim sozinho, eu, a viola e Deus ...Vim parando assustado espantado com as pedras do caminho, eu , a viola e Deus... ”

     Sou violeiro nas horas de Deus, amém! Nascido na beira daquela tuia cantada por Tonico e Tinoco, aprendi que é impossível dissociar viola do sertão.

O Violeiro

     As modas caipiras e o sagrado nasceram juntos nesta terra-de-santa-cruz. Dizem os historiadores que a viola foi trazida para cá pelos jesuítas, o que de início já lhe confere a aura beatificada. Desde os tempos primevos, encontrou guarida naquela gente nova que se miscigenava pela santíssima trindade racial: o índio, o branco e o negro. Nasceu assim, o violeiro em sua mais completa tradução, que de cedo aprendeu a fazer das folias, dos catiras, dos fandangos, dos lundus, dos pagodes, das toadas, dos cururus e dos cateretês uma ópera sertaneja ao Divino, à Mãe do Salvador e aos Santos do cotidiano. Como referencial teológico destas dramatizadas melodias o caboclo adotou a visão do catolicismo oficial. Por outro lado, no entanto, suas epifanias sonoro-dançantes incorporaram, aos poucos, uma religiosidade que não ficava dependente da explicação racional de padres ou especialistas da fé. Um dos exemplos clássicos dessa devoção é a fervorosa, doutrinária e popular oração cantada e socializada pelos cururueiros paulistas. Música que foi recolhida por Paulo Vanzolini e que hoje faz sucesso com a Orquestra Paulistana de Viola:

Este é o primeiro verso
que nesta casa eu canto
Já desponta a madrugada
Padre, Filho, Espírito Santo
Ora viva São Gonçalo (...)
Este é o segundo verso
Que nesta casa eu canto
Já desponta a madrugada
Padre, Filho, Espírito Santo
Ora viva São Gonçalo(...)

     Várias outras pérolas deste gênero de manifestação religiosa chegaram até nós e hoje fazem parte do nosso cantorio. A Bandeira do Divino e Cálix Bento, músicas de domínio público, eternizadas por Ivan Lins e Milton Nascimento, são apenas dois exemplos. Som rural da mais pura cepa!

     Mas a moda do violeiro tem o toque do sagrado porque sagrada é a vida do caipira. Coisa que souberam retratar Cornélio Pires e Angelino de Oliveira, pioneiros das modas fonográficas, em cenas lítero-musicais históricas. Sagrado é o chão onde o Jeca-Tatu pisa. Sagrado é o seu jeito de ser. É neste cenário que o profano se santifica e o sagrado se profaniza. Ele canta a sua maneira de levar a vida. Expressa bem esta harmonia paradisíaca a música “Meu céu” dos mineiros Zé Mulato e Xavantinho:

Armo a rede na varanda afino minha viola Sabiá canta comigo mando a tristeza embora No lugar aonde eu moro, solidão não me amola Quando eu faço um ponteado a cabocla cantarola

Não é o céu conforme eu aprendi
Mas se Deus achar por bem
Pode me deixar aqui

     O povo da roça não tem esta pressa de viver que nós temos. Um amigo ilustrou bem: “Nós trabalhamos para comprar o que precisamos para viver depressa. Eles vivem basicamente para fazer o que precisam para viver com calma”. Na roça, seguindo o ritmo das estações, do riozinho e do eterno ciclo da natureza, tudo é devagar. Como devagar também é que se envelhecem e enobrecem, no tempo, os bons vinhos. Como devagar também é que envelhecem e enobrecem, no mato, as boas madeiras com as quais meu se faz boas violas.

Deus e o diabo na terra dos violeiros

     Mas há uma outra pitadinha do sagrado que precisamos colocar neste proseio. Não podemos perambular pelos sertões e veredas do sagrado sem recebermos a bênção do Riobaldo: “Medo, mistério. O Senhor não vê? O que não é Deus é estado de demônio. Deus existe mesmo quando não há. Mas o demônio não precisa de existir para haver”. Este personagem de Guimarães Rosa dá o tom de um outro tema que está nestas modas. Falo do tema de uma peleja cósmica. Quando Deus e o diabo travam peleja estremecendo esta terra de sol e de chuva, há sempre um violeiro para harpejar o confronto. Este duelo celeste tem ecos em desafios terrestres. Há quem jura de pé junto que violeiro bom é aquele que fez pacto com o Coisa-ruim. Dizem que são aqueles que tocam em uma afinação chamada “rio abaixo”. Referência ao tinhoso que um dia teria aparecido tocando viola, com virtuosismo, lá pelas águas sertanejas do norte das Gerais. Até existe, por aquelas bandas, um bocado de causos que falam sobre viola tocando sozinho em cima de mesas. Eu, heim? Minha afinação é o “cebolão”. Tem esse nome porque faz gente, do campo e da cidade, chorar. Sou da turma do São Gonçalo, o padroeiro dos violeiros! Santo bom este! Adorado por Tião Carreiro e Pardinho, reis do pagode, que, em vários de seus sucessos fonográficos, nos alertam a uma tomada de partido nesta eterna luta do bem contra o mal:

Quem foi o rei do baralho virou trouxa na roleta
Gavião que pegava cobra, já foge de borboleta
Se o Picasso fosse vivo ia pintar tabuleta
Bezerrada de gravata que se cuide não se meta
Quem mamava no governo agora secou a teta
A coisa tá feia, a coisa ta preta...
Quem não for filho de Deus, tá na unha do capeta.

     Meus dois dedos de prosa “vão se sumindo como as águas vão pro mar”. Mas as coisas do sagrado não. Quem se embrenha por esta floresta cultural sabe que o imaginário e as crenças do “caipira-pira-pora” são um infinito de sabedoria. São atitudes frente à vida, resistência diante das “crises e cruzes” existenciais, criatividade face aos improvisos do cotidiano, sentimento de finitude diante dos enigmas do amor e da morte, encanto pelo sagrado... O sertão não tem fim. Não tem fim seus causos, sua mística, suas inventivas esperanças. Por isso há muita gente boa pegando este “trenzinho do caipira” para resgatar um pouco da riqueza da verdadeira cultura raiz. Estamos em boa companhia. Violeiros, folcloristas e pesquisadores como Roberto Correa (professor de viola na Universidade Federal de Brasília), Ivan Vilela, Paulo Freire (o violeiro), Braz da Viola, Almir Sater, Inezita Barroso, Rolando Boldrin, Renato Teixeira e mais uma “comitiva da esperança” está engajada nesta romaria “de sonho e de pó”, em busca deste cálice sagrado. Por isso e por tantos ponteios que fazem variações sobre a vida e a morte é que eu faço minha final louvação: Viva o sagrado som rural! Viva o nosso santo “forcrório”! Viva os sacerdotes da viola!

*** Para o Zito, meu pai, o rei dos violeiros


Carlos Alberto Rodrigues Alves

16 comentários:

  1. O texto retrata a contradição do bem e do mal. O autor consegue representar Deus e o diabo através das "histórias dos violeiros". Existe o violeiro afinado que mantêm relação com o Coisa-ruim. Já para Carlos Alberto, bom mesmo é São Gonçalo(considerado o padroeiro dos violeiros).
    A partir daí, o autor procura convencer o leitor de que o lado do "sagrado", possui vantagens ausentes no lado oposto. Um exemplo disso, citado no próprio texto, é a esperança e a persistência perante as dificuldades encontradas na vida, que as pessoas do som rural conseguem ter.

    ResponderExcluir
  2. Se observamos bem o texto iremos perceber a presença de Deus e do diabo diante das pessoas ,ou seja do violeiro.Deus como o bem e o diabo como mal, mostrando isso aparti das arfinações dos violeiros ,como retratado no texto ;que aqueles que tem afinações chamada "rio abaixo" tinha pacto com coisas ruim , pois para Carlos Alberto , o do bem mesmo era da turma São gonçalos (padroeiro dos ioleiros)
    Enfim , o autor traz para os leitores concepçoes de que o lado "sagrado" , é vantajoso , e leva a coisa boas.

    - Gessica Tainara e Ayrk Eduardo

    ResponderExcluir
  3. O autor define a viola como uma arma para espantar o mal. Ele retrata como um cenário sagrada, onde a fé e a inspiração são estimuladas.
    O campo é visto como o "céu" e a cidade como o "inferno". Ele enfatiza o confronto Deus x Diabo, colocando a presença de um como a ausencia do outro.
    Apesar de fazer comparação entre as prosas de violas e o sagrado, ele deixa claro que o ultimo é pleno, ouseja, a fé é que sempre permance diante as crises.

    ResponderExcluir
  4. O texto relaciona Deus ás pessoas que vivem na zona rural considerando-o puro,inocente por não manter muito contato com a sociedade.Levando em consideração que a sociedade é a grande corruptora da moral humana.
    O texto enfatiza isso através do violeiro que para alguns é visto como um símbolo da pureza.A presença marcante da viola ultilizada por ele leva ao reforço desse aspecto,pois através dela são compostas melodias que segundo autor é considerada canções sagradas ,por isso é ultilizado o termo "evangelho".
    Entretanto as pessoas que vivem na zona-urbana são consideradas corrumpidas ,sem pureza,lugar onde a fé não é estimulada,acreditando na inexistência de Deus naquele lugar,apenas a do Diabo.

    Maria Carolina e Isadora Matos

    ResponderExcluir
  5. O autor deixa bem claro a sua visão quando afirma, “que os demônios da cidade grande me assaltam” e caracteriza a viola como algo divino, santo, capaz de “exorcizar, temporariamente, o Cão”. Durante todo texto ela caracteriza o confronto Deus X Diabo de forma que ou se estar do lado de um ou do outro e o divino estar relacionado principalmente as coisas simples da vida, as coisas do interior, do sertão.

    Tailanne Mendes, 3º ano

    ResponderExcluir
  6. o Texto apresenta um tipo de relação entre o mundo e suas crenças e culturas.Faz uma comparação entre Deus e o diabo,com os violeiros umas pessoas falam que os que fazem sucesso são os que fazem pacto com o "cão", já alguns pensam que saber cantar toada e tocar a viola é um modo de espantar tudo que tem de ruim por perto.Mais a maioria acredita em um único Deus,o nosso grande pai.

    ResponderExcluir
  7. No texto o autor, faz uma comparação subentendida entre Deus e o Diabo, e se atribui de uma linguagem metafórica para definir o divino do diabólico.
    É notável também uma contrariedade entres pessoas que moram na zona rural para as que vivem na sociedade, as do campo são consideradas pessoas puras, uma vez que são simples honestas e modestas, porém quem vive na zona urbana é conseqüência também de tudo o que há de negativo e dispensável na sociedade, não só as coisas boas.Com certeza se as boas virtudes, a fé divina e a sabedoria superassem o que de ruim, o que não é proveitoso, o de fonte diabólica, contudo teríamos um mundo melhor para se viver.
    É importante ressaltar quando Antônio Torres considera os evangelhos uma linda melodia, que ele faz com a viola, pois ao tocar sua viola ele tem uma sensação de purificação, de retirar tudo de ruim das pessoas, tudo o que é imprestável, tudo que vem do Diabo, e ao mesmo tempo está criando uma dedicação a Deus, de fazer o bem.
    Fazendo uma análise geral desse texto, formulamos um conceito de resumo do que é o Diabo, tão mencionado e comparado por Antônio Torres, “algo terrível, capaz de apavorar e tirar o sossego de pessoas, que exprime contrariedade de perplexidade, impaciência, raiva, enfim demônio que é melhor manter-se por longe.”
    E quando dirigimos as explicações divinas, com base com o autor, observamos que Deus é considerado um ser infinito, perfeito, quem criou o Universo, superior a qualquer ser.


    Tailande Venceslau e Naíara Mota – 3° ano .

    ResponderExcluir
  8. Daniel Henrique 3º ano15 fevereiro, 2011

    O texto mostra a diferença entre o bem e o mal . O autor tem a viola como se fosse um tipo de arma para escapar do mal , o autor ver o campo como se fosse o céu e a cidade como se fosse o inferno . O texto faz uma breve relação de Deus com o homem do campo, pela sua pureza, pela sua inocencia e por não manter muito contato com pessoas da cidade, que é considerada um inverno pelo autor, isso por razão de suas impurezas, ambições, violência dentre outros. Mas para o autor do texto bom mesmo é o lado do bem que é protegito por São Gonçalo ( Padroeiro dos Violeiros). Mas também existe os violeiros afinados que mantém pacto com coisas ruins .

    DANIEL HENRIQUE 3º ANO
    COLÉGIO SUPER APROVADO

    ResponderExcluir
  9. Ao fazermos a leitura do texto são perceptíveis dois elementos cósmicos fundamentais na história dos violeiros: Deus X Diabo.
    Os violeiros no decorrer da sua vida sertaneja acreditam que a viola é o que há de mais precioso e para isso eles utilizam do cenário natural e do ser superior, Deus, como fonte de inspiração a suas cantigas. Porém, há quem utilize do “coisa ruim” para aperfeiçoar o seu talento musical. Existindo assim uma contradição entre ambos, no que consiste em ser um violeiro bom, mas como consequência o pacto com o diabo ou sendo um sertanejo não tão bom quanto o outrem, mas crendo fielmente em Deus e São Gonçalo, o padroeiro dos violeiros!


    Alisson Reinan e Laysa Raiane

    ResponderExcluir
  10. O texto de Carlos Alberto procura mostrar a beleza, o imenso significado que as modas de viola têm, como também a relevância que os violeiros foram adquirindo ao longo da nossa história.
    Segundo ele, foram os jesuítas que introduziram a viola entre nós, o que fez as modas caipiras e o sagrado nascerem juntos, já que praticamente todas elas abordam a questão do Bem e do Mal, do sagrado, do místico.
    Mas os versos dos violeiros retratam, especialmente, a vida interiorana. As modas, portanto, talvez até mais que outros estilos musicais, mostram as nossas verdadeiras raízes, com todo o seu encanto e poesia.
    Para muitas pessoas e por muito tempo, os versos dos violeiros passavam despercebidos, como se pouca importância merecessem. Mas o tempo mostrou a riqueza que eles possuem, não sendo difícil, nos dias atuais, citar nomes que ganharam destaque nacional por fazerem um trabalho digno de apreciação. É o caso de Almir Sater, Renato Teixeira, Rolando Boldrin, entre outros.
    O autor do texto (que também é violeiro), num tom muito emotivo, demonstra o apreço que tem por esse gênero musical e a sua felicidade, por perceber a importância que as modas de viola têm alcançado em nossa cultura, já que são muitos os exemplos de nomes consagrados na MPB que vêm gravando esse estilo musical, o qual também já se tornou tema de estudo em muitas das nossas universidades.

    VERENA DE OLIVEIRA SANTIAGO

    ResponderExcluir
  11. Deus e o Diabo são representados no texto como formas que o violeiro tem nos diversos momentos de sua vida. E que o violeiro pode ser filho de Deus e de repente exocizar formas do Diabo

    Arthur Araújo e Kenald Aislan

    ResponderExcluir
  12. No texto, Deus e o Diabo aparecem em diversos trechos, quando o violeiro diz passar pelas suas dificuldades, suas derrotas, seus momentos ruins da carreira, esses são praticamente o lado ruim do Diabo. Ja suas conquistas, vitórias, o não abaixar a cabeça e nunca desanimar com certeza ali há a presença de Deus. Então Deus esta nos momentos bons e o Diabo nos momentos ruins da sua carreira de violeiro

    Lucas Emanoel Santos Carneiro

    ResponderExcluir
  13. O texto relata as vidas dos violeiros,como se fosse a época da sanfôna,e ao mesmo tempo torna-se
    tão atual.A inosencia descrita do violeiro,as suas recordações,o despertar pelas coisas belas e ao mesmo tempo se contradiz com o mau.A sua doce paixão pelo Divino,ja mais deu lugar para o demônio se apoderar apesar das tentações.É maravilhoso saber que existe pessoas de coração puro como os violeiros que se alegram com as suas cantorias digo isso por não saber se por obra de Deus ou do demônio não vemos,nen temos tempo para apreciar uma boa moda de viola

    Breno Rennan Silva Almeida de Souza

    ResponderExcluir
  14. O autor destaca a oposição da força do bem e o mal, ou seja, Deus e o Diabo entre as pessoas representadas como os violeiros neste caso a viola é como uma arma que serve para expulsar o mal. As pessoas da zona rural são consideradas puras, inocentes sendo assim representada por Deus. Já as da zona urbana são consideradas erradas sem fé sendo representadas pelo Diabo.

    Jéssica Andressa e Ingrid Thaís

    ResponderExcluir
  15. O texto descreve o duelo existente entre Deus e o diabo na terra dos violeiros. Neste, o autor discute a dicotomia entre ambos que representam, respectivamente, o bem e o mal. Nota-se que independente de qual dos dois o violeiro junta-se ao desafio, a sua moda sempre há de ter o toque do sagrado porque sagrada é a vida do caipira. Ao longo do texto, observa-se também a relação de afetividade existente entre o autor Carlos Alberto e a música de viola. O que o faz discutir mais intimamente do assunto.

    ResponderExcluir
  16. Na crônia apresentada temos uma metaforização entre Deus e o diabo, onde a viola é a arma utilizada. "Quando Deus e o diabo travam peleja estremecendo esta terra do sol e de chuva, há sempre um violeiro para harpejar o confronto." O autor foi bastante claro neste trecho. Não deixando e lado a fé. Que é o que sempre permanece nas pessoas, ainda mais para os que vivem na roça, que seguem um certo ritmo de acordo com o tempo para afastar a solidão. Mostrando que também é devagar que as boas madeiras envelhecem e enobrecem, originando boas vidas. Afinal, criatividade é o que não falta!



    Rosa Maria e Uilma de Almeida.

    ResponderExcluir